IP investe 77 milhões em digitalização da ferrovia

De acordo com a IP, o objectivo da empreitada é “compatibilizar as ligações físicas e funcionais da Linha do Norte, da Rede Ferroviária Nacional (RFN), com a futura Linha de Alta Velocidade (LAV), permitindo uma utilização combinada, relevante para o objectivo de coesão territorial da LAV”.

A empreitada em regime de concepção – construção prevê a “substituição do actual sistema de sinalização (tipo ESTW L90P) nas estações de concentração de Campolide (Linha de Cintura), Oriente, Alverca e Azambuja (Linha do Norte), incluindo a execução do projecto de execução, a instalação dos sistemas de sinalização (incluindo a integração de passagens de nível, os caminhos de cabos, a energia socorrida e o Retorno de Corrente de Tracção, Terras e Protecção) a realização da verificação de conformidade e certificação, bem como manutenção integral do sistema de sinalização pelo período de 20 anos”.

A extensão total a intervencionar será de aproximadamente 55 km de vias dupla e quádrupla.

As estações de concentração são assim designadas porque controlam outras. No caso, Campolide controla as estações de Campolide: Sete-Rios, Entrecampos, Roma-Areeiro, Terminal Técnico de Chelas e Bifurcação de Chelas; a estação do Oriente controla as de Braço de Prata, Lisboa-Oriente, Bobadela Sul e Bobadela Norte; Alverca controla Alverca e Alhandra; e Azambuja controla Castanheira do Ribatejo, Carregado Norte, Ramal da Azambuja e Azambuja.

“A concretização deste projecto irá contribuir para a criação de corredores ferroviários interoperáveis, bem como incrementar a disponibilidade e fiabilidade da infra-estrutura ferroviária, em segurança, e ainda promover a interoperabilidade e a interligação internacional de e para Portugal”, acrescenta a IP.

O concurso já foi publicado em Diário da República. O investimento será co-financiado em 49 milhões de euros pelo PRR no âmbito da “Digitalização do Transporte Ferroviário”, na Componente “Mobilidade Sustentável”.