Ele foi
preso com 10 kg de cocaína a bordo de navio, que tinha como destino a África do
Sul
Na última sexta-feira (26/4), por volta de 16h, a
Polícia Federal (PF) realizou a prisão em flagrante, pela prática do crime de tráfico
internacional de drogas, de um trabalhador portuário no Porto de Santos, no
litoral de são Paulo.
Segundo a Polícia Federal, uma equipe do Núcleo de
Polícia Marítima (Nepom) diligenciou a bordo de um navio, atracado em um dos
terminais portuários, que tinha como destino a África do Sul.
Os policiais procederam a apreensão de
aproximadamente 10 kg de substância com características de cocaína embalada em
tabletes. Parte do entorpecente foi localizada em uma sacola preta na
embarcação.
Em apuração realizada de imediato no local apontou
indícios de envolvimento de um trabalhador portuário, que atuava no serviço de
estiva, e estava realizando serviços a bordo. Junto ao seu corpo, sob suas
vestes, foi localizada outra parte da droga apreendida. Segundo as autoridades,
dessa forma que ele teria introduzido a substância no navio. Esse “modus operandi”
é conhecido como “barrigada” ou “formiguinha”.
O homem foi preso em flagrante por tráfico
internacional de drogas e conduzido à Delegacia de Polícia Federal em Santos,
onde foi instaurado inquérito policial para a continuidade da investigação.
Sindicato
dos Estivadores
Em nota, o presidente do Sindicato dos Estivadores,
Bruno José dos Santos, informou que o trabalhador preso por tráfico
internacional de drogas não possui registro ou cadastro no Órgão Gestor de Mão
de Obra (Ogmo) de Santos, e que o profissional foi contratado diretamente pelo
operador “sem que fosse observado o critério de exclusividade previsto na
legislação”.
“Trata-se, portanto de trabalhador contratado
com base nas condições estabelecidas pelo operador portuário, sendo esse o
responsável direto por eventuais falhas ocorridas no processo seletivo que
ensejou a mencionada contratação”, apontou a nota do Sindestiva, que disse
com o posicionamento, proteger a reputação dos trabalhadores portuários
estivadores com registro no Ogmo.
A categoria disse ainda que o crime de tráfico
internacional, comprovam que contratações feitas à margem da legislação não
garantem a alegada eficiência e o compromisso do trabalhador.
“A entidade repudia a utilização desse fato
lamentável contra a categoria, enfatizando o papel significativo dos
estivadores na economia produtiva do país e destacando a relevância da mão de
obra avulsa estivadora para o desempenho do Porto de Santos”, finaliza a
nota.
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