A TAP registou um prejuízo de 71,9 milhões de euros no primeiro trimestre, agravando em 25% as perdas de há um ano. Principal explicação: o aumento de 57% dos custos com o pessoal.
Depois dos lucros recorde do ano passado (mas com um último trimestre já no vermelho), a TAP apresentou um resultado negativo no primeiro trimestre de 2024, em linha com o que aconteceu com (quase todas) as principais companhias aéreas europeias (e potenciais candidatas à privatização da companhia).
No primeiro semestre, as receitas operacionais da TAP subiram 3,1%, para 862 milhões de euros, mas os custos operacionais aumentaram 7,8%, para 919 milhões de euros. Resultado: um EBIT (resultado operacional) negativo de 57,1 milhões de euros, bem pior que os -16,3 milhões de euros do trimestre homólogo de 2023.
A pesar – e muito – nas contas esteve o aumento dos gastos com o pessoal, que cresceram 70,5 milhões de euros. A esse propósito, a TAP justifica, no comunicado emitido, que o aumento “foi impactado por custos extraordinários decorrentes de um acordo alcançado com os representantes dos pilotos e adicionalmente pela existência de reduções de remunerações em vigor em 2023, reduções essas eliminadas com a entrada em vigor dos novos acordos de empresa na segunda metade de 2023”.
O resultado não foi pior, apesar de tudo, porque a factura do combustível baixou 8,5%, ou 23,6 milhões de euros.
O EBIT recorrente fixou-se nos 43,3 milhões de euros negativos (-10,2 milhões há um ano); o EBITDA foi de 70 milhões (113,9 milhões, idem) e o EBITDA recorrente ficou nos 83,7 milhões (120,1 milhões, idem).
As receitas das passagens subiram 5% para 774,7 milhões de euros (com o número de passageiros a aumentar 0,6%), e as da manutenção aumentaram 3,3% para 45 milhões.
Ao invés, o negócio da carga e correio realizou apenas 36,7 milhões de euros, 25% abaixo dos 48,7 milhões do período homólogo. A TAP justifica com a “contínua normalização das yields de carga observada no mercado”, mas sublinha que ainda supera “os níveis de 2019”.
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