A Linha do Oeste vai mesmo fechar para obras durante quatro meses, entre Sintra e Torres Vedras, confirmou a Infraestruturas de Portugal (IP).
“Por forma a garantir as melhores condições de execução da obra, mitigando os riscos para a segurança dos trabalhadores e da circulação, torna-se imprescindível proceder ao corte integral da circulação ferroviária no troço Meleças – Torres Vedras (da Linha do Oeste), por um período estimado de quatro meses, cujo início deverá ocorrer a 9 de Abril”, informou a IP, questionada pela “Lusa”.
Em causa estão as obras de electrificação da linha no túnel da Sapataria, no concelho de Sobral de Monte Agraço, as quais se “revestem de elevada complexidade”.
Durante os quatro meses de interrupção da circulação, a CP assegurará o transbordo de passageiros no troço com recurso a autocarros e manterá a oferta de comboios.
O segundo semestre deste ano é o novo prazo para a conclusão das duas empreitadas em curso na Linha do Oeste – Meleças (Sintra) / Torres Vedras e Torres Vedras / Caldas da Rainha, depois dos atrasos verificados. O investimento global é de 160 milhões de euros, incluindo as expropriações.
Em Fevereiro, a Infraestruturas de Portugal lançou um concurso de 7,5 milhões de euros para o estudo prévio e projecto do prolongamento das obras entre as estações de Caldas da Rainha e do Louriçal (Pombal), no distrito de Leiria.
A Comissão para a Defesa da Linha do Oeste tem alertado para o atraso na conclusão das obras em curso, assim como na abertura do concurso para a modernização e electrificação do troço Caldas da Rainha / Louriçal, anunciado pela IP em Junho do ano passado.
Questionada pela “Lusa” sobre o risco de perda de co-financiamento comunitário em resultado dos atrasos nas obras, a IP garantiu que “face à reprogramação da candidatura não será perdido financiamento comunitário”. Assim, a despesa efectuada até 2023 é financiada pelo quadro comunitário 2014-2020, enquanto a posterior a 2023 sê-lo-á pelo quadro 2021-2027.
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